Como a fisiologia das plantas pode otimizar a agricultura moderna

Fisiologia na agricultura
Você já se perguntou como as plantas conseguem sobreviver e prosperar em uma variedade de condições climáticas? A resposta está na fisiologia das plantas, um campo de estudo que revela os processos internos e mecanismos que permitem que as plantas cresçam, se desenvolvam e respondam ao ambiente ao seu redor. Entender esses processos não só satisfaz nossa curiosidade científica, mas também tem implicações práticas enormes, especialmente na agricultura.  A fisiologia das plantas é como a chave mestra que abre portas para técnicas agrícolas mais eficientes e sustentáveis. Neste artigo, vamos aprofundar nosso entendimento sobre como o conhecimento detalhado da fisiologia das plantas pode ser aplicado para aperfeiçoar as técnicas agrícolas modernas. Discutiremos como essa abordagem pode resultar em colheitas mais abundantes, que sejam resistentes a pragas e adaptáveis às mudanças climáticas. Prepare-se para descobrir como ciência e prática agrícola se unem para revolucionar o futuro da agricultura.

Fundamentos da Fisiologia das Plantas

A fisiologia das plantas é o ramo da biologia que estuda o funcionamento interno dessas estruturas vegetais, desde os processos bioquímicos até os mecanismos físicos que determinam o crescimento, desenvolvimento e reprodução. A compreensão desses processos é fundamental para otimizar práticas agrícolas e aprimorar a produção de alimentos, fibras e outros produtos vegetais.  Um dos principais fenômenos estudados na fisiologia vegetal é a fotossíntese, processo pelo qual as plantas convertem energia solar em energia química, produzindo açúcares que são essenciais para seu crescimento. A respiração, outro processo vital, é responsável pela liberação de energia armazenada, necessária para diversas atividades celulares.  Além disso, a fisiologia vegetal investiga o papel dos hormônios vegetais, como auxinas, giberelinas e citocininas, que regulam processos de crescimento, diferenciação celular e resposta a estresses ambientais. O movimento de água e nutrientes através do xilema e floema, assim como a forma como as plantas captam e utilizam esses recursos, também são áreas de estudo críticas.  Esses fundamentos fornecem a base científica para o desenvolvimento de técnicas agrícolas avançadas que visam maximizar a eficiência dos cultivos e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas. Compreender a fisiologia das plantas permite aos agricultores tomar decisões mais informadas sobre a gestão de água, nutrientes e outros recursos, melhorando a saúde das plantas e a produtividade das colheitas.fotossíntese, a respiração, o transporte de água e nutrientes, e a ação dos hormônios vegetais. Cada um desses processos desempenha um papel crucial no crescimento e desenvolvimento das plantas, afetando diretamente a eficiência agrícola.  A fotossíntese, por exemplo, é o processo pelo qual as plantas convertem luz solar em energia química, essencial para seu crescimento. O entendimento detalhado deste processo permite otimizar a exposição à luz e a utilização de fertilizantes, promovendo um desenvolvimento mais robusto das culturas. Segundo Taiz e Zeiger (2013), a otimização dos parâmetros ambientais que afetam a fotossíntese pode aumentar significativamente a produtividade das plantações.  Além disso, os hormônios vegetais como auxinas, giberelinas e citocininas regulam vários aspectos do crescimento e desenvolvimento das plantas. A aplicação controlada destes hormônios pode induzir melhorias no tamanho dos frutos, na resistência a pragas e no tempo de colheita, resultando em benefícios econômicos consideráveis para os agricultores.  Para os agricultores modernos, compreender a fisiologia vegetal é fundamental não só para maximizar o rendimento, mas também para implementar práticas agrícolas mais sustentáveis. A gestão eficiente da água, crucial para evitar o desperdício e diminuir o impacto ambiental, baseia-se no conhecimento do movimento de água dentro da planta e do solo. De acordo com Blum (2011), técnicas como a irrigação por gotejamento, que minimiza a evaporação e maximiza a absorção, dependem do entendimento aprofundado deste movimento.  Assim, a fisiologia vegetal, ao fornecer uma visão detalhada dos processos internos das plantas, capacita os agricultores a alavancar técnicas inovadoras e a conduzir uma agricultura mais produtiva e sustentável. 

Importância da Fisiologia Vegetal na Agricultura

A fisiologia vegetal desempenha um papel crucial na agricultura moderna, fornecendo uma base científica para melhorias contínuas nas práticas agrícolas. Compreender os processos fisiológicos das plantas, como a fotossíntese, respiração, absorção de água e nutrientes, crescimento e desenvolvimento, permite que agrônomos e agricultores desenvolvam estratégias mais eficazes para o cultivo e manejo de culturas.  Por exemplo, o estudo da fotossíntese, que é o processo pelo qual as plantas convertem luz solar em energia química, tem levado ao desenvolvimento de técnicas que aumentam a eficiência fotossintética. Isso inclui a otimização da posição das plantas e a manipulação da densidade de plantio para garantir que cada folha receba a quantidade ideal de luz solar, resultando em um aumento na produtividade das culturas.  Além disso, a fisiologia vegetal contribui para a compreensão dos mecanismos de tolerância ao estresse em plantas, como a seca, salinidade e pragas. Pesquisadores podem identificar e promover a utilização de variedades de plantas que possuem mecanismos naturais para resistir a essas condições adversas, reduzindo a necessidade de intervenções químicas e promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis.  Estudos sobre hormônios vegetais também têm revelado métodos para melhorar o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Por exemplo, a aplicação de auxinas, citocininas e giberelinas pode ser utilizada para regular o crescimento da planta, promover a formação de frutos e aumentar a produtividade geral.  Essas abordagens, baseadas em descobertas da fisiologia vegetal, representam um avanço significativo em relação às práticas agrícolas tradicionais, proporcionando uma plataforma sustentável e cientificamente informada para o manejo de culturas que pode levar a uma maior produção de alimentos e a uma gestão mais eficiente dos recursos naturais.

Técnicas Modernas de Agricultura Baseadas em Fisiologia Vegetal

As técnicas modernas de agricultura têm se beneficiado enormemente do aprofundamento nos estudos de fisiologia vegetal. A compreensão detalhada dos processos fisiológicos das plantas, como a fotossíntese, respiração, transpiração e o transporte de nutrientes, tem permitido a criação de métodos mais eficientes e sustentáveis de cultivo.

Agricultura de Precisão

Uma dessas técnicas é a agricultura de precisão, que utiliza dados exatos sobre variáveis como umidade, temperatura e qualidade do solo para otimizar o manejo das culturas.

Biofertilizantes e Biopesticidas

Outra abordagem fundamental é a utilização de biofertilizantes e biopesticidas, desenvolvidos a partir de conhecimentos sobre os processos bioquímicos e hormonais das plantas. Estes produtos sustentáveis não somente promovem o crescimento saudável das culturas, mas também reduzem a dependência de produtos químicos sintéticos, que podem causar danos ao meio ambiente. Pesquisas sobre hormônios vegetais, como auxinas, giberelinas e citocininas, foram cruciais para a formulação desses biofertilizantes, uma vez que regulam diversas fases do desenvolvimento das plantas.

Irrigação por Gotejamento

A técnica de irrigação por gotejamento, uma prática que minimiza o desperdício de água, também se baseia em princípios fisiológicos. Ao fornecer água diretamente às raízes, essa abordagem garante que as plantas recebam o suprimento hídrico necessário sem excessos, promovendo uma utilização mais eficiente dos recursos hídricos. Isso é particularmente importante em regiões que enfrentam escassez de água. Um exemplo notável é a implementação da irrigação por gotejamento no cultivo de tomates na região do Vale do Rio São Francisco, no Brasil. Esta área, conhecida por suas condições climáticas áridas, adotou o sistema de gotejamento com o objetivo de otimizar o uso da água e aumentar a produtividade agrícola. A técnica permitiu uma redução significativa no uso de água, de até 50%, e um aumento na produção de tomates de até 40%, comparado aos métodos tradicionais de irrigação. Além disso, a eficiência na aplicação de fertilizantes e o controle sobre doenças de solo também foram beneficiados, resultando em uma produção mais sustentável e economicamente viável. Dessa forma, a adoção da irrigação por gotejamento exemplifica como a fisiologia das plantas pode ser incorporada nas técnicas modernas de agricultura para otimizar o uso de recursos hídricos. Esta técnica de irrigação permite que a água seja direcionada de forma precisa às raízes das plantas, minimizando o desperdício e mantendo a umidade ideal do solo com maior eficiência.

Rotação de Culturas e Uso de Biofertilizantes

Além da irrigação por gotejamento, outras práticas como a rotação de culturas e a utilização de biofertilizantes também têm se mostrado eficazes quando utilizadas em conjunto com o conhecimento da fisiologia vegetal. A rotação de culturas, por exemplo, ajuda a evitar o esgotamento dos nutrientes do solo, promovendo uma melhor absorção de minerais essenciais pelas plantas. Da mesma forma, os biofertilizantes, que são produtos originados de microrganismos benéficos, podem melhorar a disponibilidade de nutrientes e estimular o crescimento das raízes. Esse conhecimento é vital para desenvolver práticas de manejo mais sustentáveis e produtivas.

Clonagem de Plantas e Engenharia Genética

Técnicas como a clonagem de plantas e a engenharia genética têm permitido a criação de variedades de culturas com características desejáveis, como resistência a pragas e tolerância a condições climáticas adversas. A clonagem explora conhecimentos sobre a totipotência das células vegetais, enquanto a engenharia genética utiliza ferramentas moleculares para alterar a expressão de genes específicos. Um exemplo notável é a modificação genética para melhorar a eficiência da fotossíntese, o que pode resultar em um aumento significativo da produtividade agrícola.

Consorciação de Culturas

Por fim, práticas como a consorciação de culturas, onde diferentes espécies são plantadas juntas para benefício mútuo, levam em conta as interações fisiológicas entre as plantas. Esse sistema pode melhorar a saúde do solo, controlar pragas de forma natural e aumentar a biodiversidade agrícola. Todos esses aspectos ilustram como a aplicação da fisiologia vegetal nas técnicas modernas de agricultura oferece soluções inovadoras para aumentar a produtividade e sustentabilidade. Com a compreensão aprofundada dos processos fisiológicos das plantas, agricultores e pesquisadores podem identificar práticas e intervenções mais eficazes para aumentar a produtividade agrícola. A fisiologia vegetal permite a otimização do crescimento das plantas através da manipulação de fatores como luz, água, nutrientes e uso de hormônios vegetais.  Um exemplo significativo é a implementação de técnicas de manejo hídrico que maximiza a eficiência da utilização da água pelas plantas. Através da compreensão dos mecanismos de transpiração e absorção radicular, é possível ajustar a irrigação para que atenda precisamente às necessidades das culturas, reduzindo o desperdício de recursos hídricos e promovendo maior produtividade.  Além disso, o conhecimento sobre a fotossíntese e a respiração das plantas possibilita a seleção de variedades que apresentam maior eficiência nesses processos, resultando em plantas que podem crescer mais rapidamente e produzir maiores rendimentos. A aplicação de hormônios vegetais, como auxinas e citocininas, permite a manipulação do crescimento e desenvolvimento das culturas, promovendo maiores taxas de germinação, florescimento e frutificação.  Essas técnicas, quando aplicadas adequadamente, podem levar a um aumento substancial na produtividade agrícola. Estudos têm demonstrado que a otimização desses processos fisiológicos pode elevar a produção em até 20%, sem a necessidade de expandir áreas cultiváveis (SAUER, 2019). Dessa forma, a fisiologia vegetal não apenas contribui para a eficiência e eficácia das práticas agrícolas, mas também promove a sustentabilidade, ao permitir a produção de mais alimentos com menos recursos. Um dos principais avanços proporcionados pela fisiologia vegetal é a compreensão dos mecanismos de resistência a estresses abióticos, como seca e salinidade. Através da manipulação genética e uso de bioestimulantes, é possível desenvolver plantas mais resilientes, que mantêm sua produtividade mesmo em condições adversas. Estes conhecimentos advêm de estudos detalhados sobre a expressão gênica e a regulação hormonal das plantas.  Dessa forma, a fisiologia vegetal não apenas contribui para a eficiência e eficácia das práticas agrícolas, mas também promove a sustentabilidade, ao permitir a produção de mais alimentos com menos recursos.Um dos principais avanços proporcionados pela fisiologia vegetal é a compreensão dos mecanismos de resistência a estresses abióticos, como seca e salinidade. Através da manipulação genética e uso de bioestimulantes, é possível desenvolver plantas mais resilientes, que mantém sua produtividade mesmo em condições adversas. Estes conhecimentos advêm de estudos detalhados sobre a expressão gênica e a regulação hormonal das plantas.  Ademais, técnicas como a análise isotópica e a espectroscopia de fluorescência têm se mostrado revolucionárias na avaliação da eficiência do uso de água pelas plantas. Essas ferramentas permitem um monitoramento preciso das plantas em tempo real, facilitando a tomada de decisões mais informadas e rápidas pelo agricultor.  Além disso, a fisiologia vegetal tem sido crucial no desenvolvimento de sistemas de agricultura vertical e cultivos em ambientes controlados, onde cada aspecto do crescimento e desenvolvimento da planta é minuciosamente monitorado e ajustado. Estas práticas não só aumentam a produtividade como também reduzem o impacto ambiental da agricultura convencional. 

Um resumo dos benefícios

Em síntese, a incorporação do conhecimento fisiológico das plantas nas práticas agrícolas modernas é indispensável para atender às crescentes demandas por alimentos de forma sustentável e eficiente. Ao explorar profundamente as capacidades intrínsecas das plantas, podemos inovar continuamente e superar os desafios agrícolas do futuro.
Benefício Descrição Referência
Otimização da Fotossíntese A melhoria do processo de fotossíntese através de práticas agrícolas pode aumentar a produção de biomassa e rendimento das culturas. SILVA, J. C.; LIMA, R. S. Fisiologia Vegetal Aplicada. Editora Agrícola, 2020.
Eficiência no Uso da Água Compreender o movimento de água nas plantas permite desenvolver técnicas de irrigação mais eficientes, economizando recursos hídricos. SOUZA, L. M.; PEREIRA, J. L. Manejo Hídrico em Culturas Agrícolas. Revista de Engenharia Agrícola, 2019.
Controle Hormonal A aplicação de reguladores de crescimento pode otimizar o desenvolvimento das plantas, melhorando a formação e qualidade dos frutos. ARAÚJO, P. S.; CARVALHO, H. R. Hormônios Vegetais: Teoria e Prática. Universidade de Botânica, 2018.
Aprimoramento da Nutrição Mineral Estudos sobre absorção e transporte de nutrientes auxiliam na formulação de adubos mais eficientes e específicos para cada cultura. FERNANDES, T. A.; OLIVEIRA, R. S. Nutrição Mineral de Plantas. Sociedade Brasileira de Ciências do Solo, 2021.

Práticas Sustentáveis Apoiadas pela Fisiologia das Plantas

A aplicação da fisiologia vegetal tem sido fundamental no desenvolvimento de práticas agrícolas sustentáveis. Compreender os processos fisiológicos das plantas permite a otimização do uso de recursos naturais, como água e nutrientes, reduzindo o impacto ambiental e promovendo a sustentabilidade do sistema agrícola.  Um exemplo prático é a utilização de técnicas de irrigação mais eficientes, baseadas no conhecimento da transpiração e absorção de água pelas plantas. Estudos mostram que aplicar água de acordo com a demanda fisiológica das culturas pode reduzir o consumo hídrico em até 50%, sem comprometer a produtividade.  Adicionalmente, a fisiologia vegetal proporciona conhecimentos essenciais sobre o manejo de nutrientes. Através do entendimento dos mecanismos de transporte e assimilação desses nutrientes, é possível implementar fertilizações mais precisas e eficazes. Isso não apenas otimiza a absorção de nutrientes pelas plantas, mas também reduz a lixiviação e a contaminação ambiental. A abordagem sustentável também inclui o controle biológico de pragas e doenças, utilizando conhecimentos sobre a interação planta-patógeno e os mecanismos de defesa naturais das plantas. Ao invés de depender exclusivamente de pesticidas químicos, estratégias baseadas em fisiologia ajudam a fortalecer a resistência natural das culturas, promovendo uma agricultura mais saudável e ecologicamente correta.  Essas práticas sustentáveis, apoiadas por anos de pesquisa científica em fisiologia vegetal, estão transformando a agricultura moderna. Ao reduzir o uso de insumos artificiais e aumentar a eficiência dos recursos naturais, contribuem significativamente para a construção de um sistema agrícola mais resiliente e sustentável.

Fisiologia Vegetal e Seu Papel na Agricultura Moderna 

Um dos avanços mais notáveis é a aplicação de biotecnologia para aprimorar a resistência das plantas a estresses ambientais, como seca, salinidade e temperaturas extremas. Utilizando conhecimentos detalhados da fisiologia vegetal, cientistas conseguem desenvolver variedades de plantas geneticamente modificadas que mantêm altos níveis de produtividade mesmo em condições adversas. Essas inovações não apenas melhoram a sustentabilidade das práticas agrícolas, mas também reduzem a dependência de recursos hídricos e fertilizantes químicos. A engenharia genética, ao introduzir genes que conferem tolerância a estresses, resulta em plantas mais robustas e eficientes no uso de água e nutrientes.  Além disso, o manejo integrado de pragas (MIP), fundamentado na fisiologia das plantas, tem se mostrado eficaz na redução de danos causados por insetos e doenças. Ao compreender os mecanismos de defesa naturais das plantas, os agricultores podem implementar estratégias que potenciam essas defesas, minimizando a necessidade de pesticidas químicos.  Dessa forma, a fisiologia vegetal não só contribui para práticas agrícolas mais sustentáveis, como também desempenha um papel crucial na preservação do meio ambiente e na promoção da segurança alimentar global. Continuar investindo em pesquisa e desenvolvimento nesta área é essencial para enfrentar os desafios agrícolas do futuro.

Avanços Recentes em Fisiologia Vegetal e Seus Impactos na Agricultura

Nos últimos anos, a fisiologia vegetal tem experimentado avanços significativos que impactam diretamente as práticas agrícolas. Um dos principais desenvolvimentos foi a compreensão detalhada dos mecanismos de sinalização hormonal nas plantas. Hormônios como auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abscísico desempenham papéis cruciais na regulação do crescimento e desenvolvimento vegetal. Esses hormônios são responsáveis por processos como germinação, desenvolvimento radicular, floração e resposta ao estresse, permitindo uma gestão mais precisa das culturas (TAIZ, L.; ZEIGER, 2017).  Além disso, avanços na análise genômica e na biotecnologia têm permitido a manipulação genética das plantas para aumentar sua resistência a fatores estressantes como seca, salinidade e ataques de pragas. Técnicas como CRISPR/Cas9 têm sido usadas para editar genes específicos, melhorando características desejáveis nas plantações e contribuindo para a segurança alimentar global.  Outro progresso significativo envolve a utilização de sensores e tecnologias de imagem para monitorar em tempo real a saúde das plantas e as condições do solo. A agricultura de precisão, que emprega drones equipados com câmeras multiespectrais e sensores de solo, permite a coleta de dados detalhados e sua análise para otimizar o uso de recursos como água e fertilizantes, resultando em colheitas mais abundantes e sustentáveis.  A pesquisa sobre a interação das plantas com microrganismos também tem ganhado destaque. A microbiota do solo, que inclui fungos micorrízicos e bactérias benéficas, pode melhorar a absorção de nutrientes e a resistência a doenças. A inoculação de culturas com essas comunidades microbianas está emergindo como uma prática promissora para promover a saúde do solo e aumentar a produtividade agrícola (JACOBY, R.; et al, 2017).  Esses avanços estão sendo incorporados nas práticas agrícolas modernas, ajudando a criar sistemas mais resilientes e produtivos. A continuação do crescimento na área da fisiologia vegetal promete revelar ainda mais tecnologias e estratégias que transformarão a agricultura nos próximos anos, promovendo uma produção mais eficiente e sustentável de alimentos.
Avanço Recente Impactos na Agricultura
Melhoramento Genético Assistido por Marcadores Aceleração do desenvolvimento de cultivares resistentes a pragas e doenças
Uso de Bioestimulantes Aumento da resistência das plantas a estresses abióticos como seca e salinidade
Ferramentas de Edição de Genes (CRISPR/Cas9) Precisão na modificação genética para melhorias específicas das culturas
Estudos de Microbioma de Solo Melhoria da saúde do solo e promoção do crescimento das plantas
Controle Biológico Integrado Redução do uso de pesticidas químicos, promovendo a sustentabilidade
Fotobiologia Aplicada Otimização da iluminação para aumentar a eficiência da fotossíntese e a produtividade
Modelagem de Crescimento de Plantas Predição de resultados de cultivos com base em fatores ambientais e manejo agrícola
Nutrigenômica Desenvolvimento de cultivares com maior valor nutricional
Biotecnologia na Fixação de Nitrogênio Redução da necessidade de fertilizantes nitrogenados
Sensoriamento Remoto e Drones Monitoramento preciso das condições das culturas em tempo real
Regulação de Hormônios Vegetais Aumento do rendimento e resistência das plantas às condições adversas
Agricultura Vertical e Hidroponia Produção agrícola eficiente em ambientes controlados sem solo
Biofortificação Enriquecimento de plantas com micronutrientes essenciais para a saúde humana

Conclusão

A compreensão detalhada da fisiologia das plantas tem se mostrado um fator crucial para a evolução das técnicas agrícolas modernas. Este conhecimento permite que os agricultores otimizem processos, desde a germinação das sementes até a colheita, aumentando a eficiência e a produtividade das culturas. Com a aplicação de práticas baseadas em fundamentos fisiológicos, é possível melhorar a resistência das plantas a condições adversas, como estresse hídrico e temperaturas extremas, reduzindo assim as perdas agrícolas e promovendo uma agricultura mais sustentável.  Os avanços recentes na fisiologia vegetal, aliados ao desenvolvimento de novas tecnologias, como a agricultura de precisão e a biotecnologia, têm potencializado ainda mais esses benefícios. Ferramentas como sensores e drones permitem monitorar as condições das plantas em tempo real, oferecendo dados precisos para ações imediatas e corretivas, criando um ciclo constante de aprimoramento e inovação no campo.  Ademais, a integração do conhecimento fisiológico com práticas sustentáveis contribui para a conservação dos recursos naturais, evitando o uso indiscriminado de insumos químicos e promovendo a saúde dos ecossistemas agrícolas. Dessa forma, a fisiologia das plantas não apenas eleva a produtividade, mas também desempenha um papel vital na construção de um futuro agrícola mais resiliente e ecologicamente equilibrado.  Portanto, é imperativo continuar investindo em pesquisa e desenvolvimento nessa área, assegurando que o conhecimento gerado seja amplamente disseminado e aplicado. A adoção de uma abordagem científica pode transformar a agricultura, tornando-a mais eficiente e sustentável, atendendo às demandas alimentares de uma população global em constante crescimento.

Referências

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  • SAUER, T. Desenvolvimento de Técnicas de Agricultura com Base na Fisiologia Vegetal. Revista de Ciências Agrárias, v. 45, n. 2, 2019.

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