Condições climáticas, como a severa seca recente, colocaram muito foco na necessidade de manter o melhor desenvolvimento em nossos sistemas de cultivo. Uma maneira de fazer isso é administrando a reserva de energia das plantas.
O estoque energético vegetal são carboidratos, como amido e açúcar, armazenados nas folhas, caules e raízes. São importantes para a fotossíntese, crescimento e produção. Ao gerenciar estas reservas, podemos garantir que nossas tenham energia suficiente para sobreviver a períodos secos e produzir uma boa safra. Neste post, discutiremos como administrar essa condição de armazenamento energético das plantas e alguns fatores que as afetam.
Armazenamento energético
Plantas são capazes de realizar o armazenamento energético de várias maneiras. As moléculas mais comuns com essa atribuição são os carboidratos, que podem ser na forma de açúcar, amido ou celulose. Elas também armazenam sob a forma de gorduras e óleos.
Quando as plantas precisam de energia, ocorre a quebra dessas moléculas de armazenamento para o uso, dessa energia, no desenvolvimento.
Uma das formas mais importantes das plantas administrarem suas reservas energéticas é regulando sua absorção de nutrientes do solo. A absorção de água e minerais ocorre através de suas raízes e os utilizam para produzir glicose (um simples açúcar) por meio da fotossíntese. A glicose é transportada e é usada para crescimento celular, respiração e fotossíntese, por exemplo.
Como ocorre o uso das reservas das plantas
Quando as condições são favoráveis, as plantas produzem mais glicose do que precisam e armazenam o excesso na forma de amido ou de celulose. Quando as condições não são tão ideais, as plantas utilizarão sua reserva de energia armazenadas para continuar seu desenvolvimento.
Após o pastejo ou corte, o capim perde a sua principal fábrica de energia “as folhas”. A perda da área foliar fotossintetizante resulta em dependência das reservas orgânicas presentes nas raízes, visando restabelecer a sua área foliar e a produção de energia. A dependência das reservas para a rebrota varia, principalmente em função da intensidade e da frequência de desfolha ao qual o capim será submetido.
Texto do Instagram Pastagem e ciência.
Então, como elas sabem quando começar a utilizar suas reservas de energia armazenada? É aqui que entram os hormônios. Os hormônios são sinais químicos que dizem às o que fazer e quando fazer. Por exemplo, a auxina ajuda a regular o crescimento. Quando as condições são favoráveis, os níveis de auxina são baixos e as plantas crescem mais lentamente. Quando as condições se tornam desfavoráveis, os níveis aumentam e as plantas começam a utilizar suas reservas de energia armazenada para continuar crescendo.
Outros hormônios como as giberelinas e as citocininas também desempenham um papel no crescimento e desenvolvimento das plantas. As citocininas, portanto, ajudam a promover a divisão celular, enquanto as giberelinas estimulam o crescimento celular. Juntos, esses hormônios ajudam as plantas a regular seu uso de reservas energética para garantir que elas tenham o suficiente para passar por períodos de escassez.
Direcionamento da reserva de energia
Nas condições favoráveis ocorre o armazenamento do excesso de glicose sob a forma de amido ou celulose.
O amido é um carboidrato complexo que pode ser decomposto relativamente rápido para liberar a reserva de energia quando necessário.
Já a celulose é uma molécula estrutural (pense nas paredes das células vegetais) formada por longas cadeias de glicose unidas entre si. Em suma, demora mais tempo para quebrar esta molécula para obter energia, mas pode fornecer uma liberação de energia lenta e constante ao longo do tempo.
Quando as condições são desfavoráveis e as plantas precisam utilizar suas reservas energéticas, ocorre a quebra de carboidrato em amido e celulose para liberar a glicose e ser usada no crescimento celular, respiração e fotossíntese.
Outras moléculas de armazenamento
Gorduras e óleos também servem como moléculas de armazenamento pelas plantas. As gorduras, constituídas por longas cadeias de átomos de carbono unidos pelos de hidrogênio.
Contudo, os óleos são similares às gorduras, mas têm menos átomos de hidrogênio ligados às cadeias de carbono. Ambos são insolúveis na água (ao contrário dos carboidratos), portanto tem seu armazenamento ocorrendo em células ou estruturas especializadas dentro da planta, tais como sementes, frutos ou nozes. Quando ocorre a ingestão destas estruturas de armazenamento por animais (incluindo humanos), as gorduras e óleos são digeridas e utilizadas como fonte de energia pelo organismo.
Portanto, como você pode ver, as plantas são bastante inteligentes quando se trata de gerenciamento de energia. Ao regular sua absorção de nutrientes e armazenar energia de diversas maneiras, elas são capazes de sobreviver e prosperar mesmo nas condições mais severas.
Fatores que afetam o armazenamento de energia
Há alguns fatores que podem afetar a capacidade das plantas de armazenar energia de forma eficaz. Um deles é a disponibilidade de nutrientes no solo. Sem os minerais e a água necessários, as plantas não podem produzir a glicose necessária para o armazenamento de energia.
Outro fator é a temperatura. Muito ou muito pouco calor pode impedir o crescimento das plantas e levar a uma redução de armazenamento de energia.
Contudo, finalmente, há também o fator da genética. Algumas espécies vegetais podem ter uma maior capacidade de armazenamento de energia em seus tecidos do que outras.
Portanto, as plantas desenvolveram maneiras eficientes de armazenar energia sob a forma de carboidratos. Isto lhes permite continuar seu desenvolvimento mesmo durante períodos de condições desfavoráveis. Entendendo como elas administram e utilizam suas reservas de energia, podemos apoiá-las melhor em seu crescimento e desenvolvimento.
Em resumo, as plantas desenvolveram mecanismos eficientes para gerenciar e utilizar suas reservas de energia. Isto as ajudam a sobreviver em ambientes em mudança e garante seu contínuo crescimento e desenvolvimento.
Conclusão
As plantas são criaturas incríveis! Elas usam a luz, água e minerais para transformá-los em glicose que depois utilizam para crescimento, floração e produção de frutas. Tudo isso enquanto armazenam o excesso de reserva de energia para uso posterior.