Saiba como as plantas conseguem se defender pela interação microbiológica diretamente a partir da sua rizosfera.
As planta desenvolveram um sistema de defesa que até então sabíamos muito pouco. Hoje chamada de Terceira linha de defesa das plantas, onde Microbiologia e sinais da planta interagem para aumentar a barreira contra entrada de organismos fitopatogênicos.
Continue lendo e entenda muito mais sobre o estudo que identificou tudo isso !
Identificação da Interação
A Embrapa Meio Ambiente (SP), descobriu que, ao serem atacadas por patógenos nas raízes, as plantas conseguem provocar uma interação microbiológica com fungos e bactérias do solo para criar uma linha de defesa e assim se proteger de doenças em uma escala muito mais complexa e ampla do que já era conhecida pela ciência, até então. O estudo contou com Holanda, Brasil e Estados Unidos e descobri que a exploração desses mecanismos abre possibilidades para o controle de doenças e pragas agrícolas, incluindo a descoberta de novas moléculas.
Estudos desse tipo pavimentam o caminho para uma agricultura mais sustentável, diminuindo a necessidade do uso de químicos no controle de doenças.
Marcos Vicente
Publicado na revista Science, o artigo descreve como a flora microbiológica que vive dentro das raízes defende naturalmente as plantas contra a invasão de organismos causadores de doenças, um resultado de pesquisa inédito.
Linhas de defesa na interação microbiológica
Os cientistas quiseram ampliar a compreensão da interação entre a planta e seu microbioma. Com esse objetivo, eles investigaram os patógenos que alcançam o interior das raízes. Para isso, os microrganismos têm de transpassar a rizosfera (a primeira linha de defesa) e o tecido da planta (segunda linha de defesa). Nesse trabalho, os pesquisadores descobriram mais uma terceira linha de defesa contra a infecção: uma modulação do microbioma que vive dentro das raízes.
Em resumo, foi possível observar que o microbioma endofítico das raízes abriga uma variedade de características funcionais ainda pouco conhecidas que, em conjunto, podem proteger a planta de dentro para fora.
Os Experimentos mostraram que, sob invasão de patógenos, bactérias dos gêneros Chitinophagaceae e Flavobacteriaceae se enriqueceram na endosfera da planta e atacaram o fungo. Elas mostraram atividades enzimáticas aprimoradas que provocaram a degradação da parede celular dos fungos. Ainda não se sabe onde esses dois gêneros bacterianos estão localizados no tecido radicular e como eles interagem no nível molecular na endosfera. A matéria completa se encontra no site da Embrapa e pode ser conferida aqui.
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