GIBERELINA

giberelina

giberelina (GA) é um hormônio vegetal, assim como a auxina, citocinina, ácido abscísico e etileno. Este fitormônio foi identificado em diversas plantas e hoje sabe-se que ocorre em todos os vegetais em quantidades diferentes. Existem mais de 100 tipos de giberelinas, incluindo o ácido giberélico, que é o mais encontrado. Dentro de uma ampla diversidade sobre os efeitos em um organismo vegetal, ela é responsável pelo alongamento celular, a quebra da dormência das gemas presentes no caule, a promoção da germinação e o desenvolvimento dos primórdios foliares e frutos. 

Esse hormônio vegetal, ou fitormônio, é sintetizado nos meristemas apicais do caule, folhas jovens e também em sementes e frutos em fase de desenvolvimento. Em sementes já maduras, o nível de giberelina é mínimo e sua manifestação também é baixa na região da raiz. Sua translocação ocorre tanto via floema, como xilema.

Sua atuação já está presente logo no inicio do desenvolvimento da cultura. Naturalmente, a germinação é um dos primeiros processos fisiológicos ocorrido na planta e, a absorção de água pela semente, induz o embrião a sintetizar e liberar giberelinas que irão agir diretamente nas células de revestimento do endosperma (tecido de reserva energética), proporcionando a quebra de polissacarídeos (amido) em carboidratos menores, monossacarídeos (glicose).

As giberelinas exercem um papel importante na mediação dos efeitos dos estímulos ambientais no desenvolvimento vegetal. A luz e a temperatura podem ter efeitos profundos no metabolismo de GAs e na resposta a esses hormônios, em muitos casos o ambiente pode alterar o metabolismo de outros hormônios ou a resposta a eles. 

Uma das principais funções da giberelina é controlar o crescimento do caule. Observamos essa característica quando aplicamos uma quantidade desse hormônio em plantas mutantes anãs. Essas plantas começam a crescer, uma vez que tais mutações nas plantas anãs impedem que elas produzam o fitormônio. Quando em excesso, pode promover alongamento intenso do entrenó em plantas mutantes, assim observa-se a este efeito, uma diminuição na espessura do caule, diminuição no tamanho da folha e as folhas ficam com uma coloração verde clara. 

Com capacidade de promover o crescimento do embrião e a emergência da planta jovem, a giberelina atua nessa quebra da dormência das sementes de algumas plantas, substituindo a luz ou o frio que seriam necessários para a ocorrência desse processo. Atua realizando o enfraquecimento da camada do endosperma que envolve o embrião e restringe o seu crescimento, na produção de enzimas hidrolíticas (como amilases e proteases em cereais), na mobilização de reservas energéticas do endosperma e por fim na ativação do crescimento vegetativo do embrião.

A escarificação química, principalmente com ácido sulfúrico, é o método mais usado para reduzir a dormência de sementes comercializadas nas exportações. Entretanto, este método oferece ricos operacionais aos trabalhadores, polui o ambiente e pode promover danos as sementes. O uso da giberelina, pode ser uma alternativa viável para a superação de dormência. O emprego de giberelina apresenta a máxima germinação de sementes de Brachiaria brizantha ‘MG 5’ e ‘Marandu’, na dosagem de 57 e 62 mg.L-1, respectivamente (SILVA, A. B. et al., 2013)

Além disso, em sementes de cereais existe uma porção denominada camada de aleurona, que apresenta grande quantidade de proteína. O embrião começa a produzir giberelina, que vai atuar produzindo enzimas na camada de aleurona. Essas enzimas serão usadas para quebrar as reservas encontradas no endosperma da semente em açúcares e aminoácidos que serão utilizados pelo embrião.

Giberelina PDL e PDC

Também, atuam em plantas juvenis, que são plantas que não florescem ou não produzem cones até atingirem certo estágio de maturidade. Nesse cenário, a giberelina quando aplicada, pode regular a mudança de fase embora a aceleração ou o retardo da transição da fase juvenil para a adulta provocada pelo hormônio, dependa da espécie. Na floração de algumas espécies de dia longo ou bianuais, a aplicação de GA pode substituir os estímulos ambientais necessários.

Algumas aplicações comerciais das giberelinas podem ser observados na produção de frutos. Na cultura da uva, nota-se o aumento do comprimento da haste do cacho, na maça o alongamento do fruto e no citrus o retardamento da senescência. 

Algumas aplicações comerciais das giberelinas podem ser observados na produção de frutos. Na cultura da uva, nota-se o aumento do comprimento da haste do cacho, na maça o alongamento do fruto e no citrus o retardamento da senescência. 

Seu uso também está inserido em processos industriais. Exemplo disso é na produção de cerveja e uísque, pois durante a produção do malte, a partir de sementes de cevada, as giberelinas são usadas para acelerar a degradação do amido. 

SILVA, A. B; LANDGRAF, P. R. C; MACHADO, G. W. O. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 34, n. 2, p. 657-662, mar./abr. 2013

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