Pragas iniciais em soja

por | 4 set, 2022 | Agrotécnico

A boa sanidade da lavoura depende do correto manejo agrícola e do controle de pragas iniciais em soja. Deixar de dar atenção a esses elementos é condenar a produtividade da plantação.

Quem trabalha no campo sabe bem que nem tudo sai como planejado. As perdas derivadas da infestação de pragas ou secas, por exemplo, são comuns de surpreender produtores das mais variadas regiões do país.

O próprio ambiente de seca, inclusive, é um facilitador para que as pragas avancem na plantação e promovam destruição.

Neste artigo, conheceremos melhor sobre as pragas iniciais em soja, aprenderemos como realizar o monitoramento e o controle dessas pragas.

O que são pragas iniciais em soja?

As pragas iniciais em soja são pragas que surgem no estádio inicial da plantação, ou seja, com até 30 dias após a emergência da cultura. 

Conseguir fazer o correto manejo agrícola, nesses casos, é preservar a plantação de resultados negativos que podem prejudicar toda a produtividade da plantação.

Por ocorrerem no estádio inicial, as pragas iniciais podem destruir sementes e plântulas, reduzindo o número de plantas por unidade de área. Quem é do setor agrícola sabe bem o quão negativo é este cenário.

Entre as pragas mais comuns, estão os corós (Demodema brevitarsis, Diloboderus abderus e Phyllophaga triticophaga), lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus), lesmas e caracóis, vaquinhas (Diabrotica speciosa), tamanduá-da-soja (Sternechus subsignatus) e larvas. Conheceremos cada uma delas a partir de agora.

Corós

Coró

Os corós são pragas bastante indesejadas no estádio inicial, justamente porque atacam as raízes e sementes das plantas. No menor dos casos, esses ataques atrapalham o crescimento, mas em situações mais graves pode levar à morte da planta.

Como consequência, a lavoura experimentará por falhas na plantação.

Lagarta elasmo

Elasmo

A lagarta elasmo é conhecida em alguns recantos do Brasil como broca-do-colo. Sua atuação é negativa porque consegue penetrar a planta logo abaixo do nível do solo, gerando debilidade para o caule.

A presença deste inseto é favorecida em locais cujos solos são arenosos ou secos.

Lesmas e caracóis

Embora a maioria das pragas seja beneficiada pelas secas, o surgimento de lesmas e caracóis acontece justamente no cenário contrário, ou seja, em tempos de chuvas ou em localidades mais úmidas.

Essa praga consegue destruir os cotilédones, além de gerar queda de folhas e até mesmo a morte das plântulas.

Vaquinhas

Vaquinha

A próxima praga que merece nossa atenção são as vaquinhas, cujo exemplar mais famoso é a patriota. 

Quando há presença dessa praga na cultura, ela consegue atacar as partes vegetativas das plantas de soja, gerando quedas das folhas. Apesar disso, os danos não costumam ser tão graves.

Tamanduá-da-soja

Nosso penúltimo destaque fica por conta do tamanduá-da soja, conhecido em alguns locais do Brasil como bicudo-da-soja. Essa praga é muito prejudicial para a soja, especialmente para localidades onde essa cultura é vizinha do milho.

Se o ataque ocorrer em grande volume na fase inicial da cultura, infelizmente, os danos são definitivos e, portanto, causadores de morte de toda a plantação. Isso porque essa praga, especialista em soja e feijão, ataca o caule e os ramos.

Larvas

Por fim, vale citarmos as larvas, que se desenvolvem no interior dos ramos ou hastes. Nesses locais, as fêmeas colocam ovos, impedindo a circulação da seiva, impedindo o desenvolvimento da produção, deixando as hastes e ramos mais frágeis, favorecendo a quebra.

Danos que as pragas iniciais em soja podem causar

Somente com o que expusemos até aqui, já é possível verificar o quão negativas são as pragas iniciais em soja e, portanto, o tamanho da necessidade de realizar um correto manejo agrícola.

Entre os principais danos, vale destacar as falhas nas plantações, causadas pelo ataque a algumas plantas, impactando diretamente na produtividade. Em certas ocasiões, é possível identificar a atuação de pragas justamente por falhas acentuadas na lavoura.

A fraqueza do caule também é um dano muito presente e frequente em casos onde há avanço de pragas. Isso faz com que as plantas quebrem com muita facilidade, gerando perdas que poderiam ser evitadas se as pragas fossem combatidas.

Como monitorar pragas iniciais em soja?

Para evitar o avanço de pragas iniciais em soja, o monitoramento deve ser constante e iniciar antes mesmo da plantação. Esse monitoramento deve ser feito por meio de amostras periódicas no campo.

Através dessas amostras, será possível conhecer a densidade populacional e o Nível de Dano Econômico, que mensura a densidade da presença de pragas. Esses dados ajudam a calcular o prejuízo que as pragas podem gerar, permitindo encontrar o custo viável de controle.

A fórmula para esse cálculo é a seguinte:

Manejo agrícola: como controlar pragas iniciais em soja

O manejo agrícola para controle de pragas iniciais deve focar, primeiramente, em ações precoces cujo foco seja realmente evitar que pragas se estabeleçam antes mesmo da semeadura.

Toda ação de controle de pragas pode também gerar algum outro impacto positivo, portanto, o produtor rural deve contar com ajuda especializada para verificar a viabilidade do uso de determinada estratégia.

Resumidamente, as principais formas de controle de pragas iniciais e manejo agrícola da soja são:

  • tratamento de sementes;
  • fortalecimento do controle biológico no agroecossistema de soja;
  • monitoramento periódico de desfolhadores na lavoura.

Conclusão

Neste artigo, aprofundamos nosso conhecimento em pragas iniciais da soja, sendo que as mais comuns são:

  • corós;
  • lagarta elasmo;
  • lesmas e caracóis;
  • vaquinhas;
  • tamanduá-da-soja;
  • larvas.

Vimos, também, os principais danos que as pragas podem causar, além de entender como é possível monitorar e realizar o manejo agrícola de culturas de soja caso haja o surgimento de pragas.
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