Você já parou para pensar que cada planta em sua propriedade mantém uma conversa química constante com bilhões de microrganismos ao redor de suas raízes? Esta interação acontece na rizosfera – a região do solo diretamente influenciada pelas raízes das plantas – e representa uma das maiores oportunidades para melhorar a produtividade e reduzir custos na agricultura moderna.
A compreensão das interações planta-microrganismo na rizosfera está revolucionando o manejo agrícola, oferecendo alternativas biológicas que podem reduzir custos com fertilizantes em até 30% e aumentar a produtividade em 20-25%. Este artigo explora como você pode aproveitar esse conhecimento para otimizar a produção em sua propriedade, conectando a ciência da microbiologia do solo com aplicações práticas de campo.
1. O que é Rizosfera e Por Que Ela Importa para sua Produtividade
1.1 Entendendo o Conceito de Rizosfera
A rizosfera é a estreita faixa de solo que fica ao redor das raízes das plantas, geralmente se estendendo por alguns milímetros até 3-4 centímetros da superfície radicular. Nesta zona acontece uma atividade biológica intensa, onde as plantas liberam entre 20-40% dos açúcares que produzem na fotossíntese através dos exsudatos radiculares.
Estes exsudatos são uma mistura complexa de compostos: açúcares simples, ácidos orgânicos, aminoácidos, enzimas, hormônios vegetais e compostos fenólicos. Cada um desses compostos funciona como uma “palavra” na linguagem química que as plantas usam para se comunicar com os microrganismos do solo.
1.2 A Comunidade Microbiana da Rizosfera
A densidade de microrganismos na rizosfera pode ser de 10 a 100 vezes maior que no solo comum, criando uma verdadeira zona de alta atividade biológica. Esta comunidade inclui:
Bactérias fixadoras de nitrogênio:
- Rhizobium spp. (trabalha em parceria com leguminosas)
- Azospirillum spp. (beneficia gramíneas como milho e trigo)
Fungos micorrízicos:
- Micorrizas arbusculares (formam parceria com 80% das plantas cultivadas)
Bactérias promotoras de crescimento (PGPR):
- Pseudomonas spp. (controle de doenças e produção de hormônios)
- Bacillus spp. (solubilização de fosfatos e resistência das plantas)
2. Como Funciona a Comunicação Química na Rizosfera
2.1 A Linguagem Química das Plantas: Exsudatos Radiculares
As plantas investem uma quantidade significativa de energia na produção de exsudatos radiculares, o que mostra a importância dessa comunicação. Os principais grupos de compostos liberados pelas raízes incluem:
Açúcares e ácidos orgânicos (40-60% dos exsudatos):
- Glucose, frutose, sacarose
- Ácido málico, cítrico, oxálico
- Função: alimentar os microrganismos e ajustar o pH do solo
Aminoácidos e compostos nitrogenados (20-30%):
- Prolina, glicina, alanina
- Função: sinalizar para microrganismos específicos
Compostos fenólicos (5-15%):
- Flavonoides, cumárinas, taninos
- Função: selecionar quais microrganismos podem se aproximar
2.2 Quorum Sensing: A Comunicação Entre Microrganismos
O quorum sensing é um dos mecanismos de comunicação mais sofisticados encontrados na natureza, permitindo que microrganismos unicelulares se comportem como organismos coordenados. Este sistema é mediado por moléculas sinalizadoras químicas chamadas autoindutores.
Como Funciona o Quorum Sensing
O processo segue quatro etapas fundamentais:
- Síntese de autoindutores: As bactérias produzem moléculas sinalizadoras específicas
- Liberação e acúmulo: Os autoindutores se acumulam no ambiente conforme a população cresce
- Detecção crítica: Quando atingem concentração específica, ativam receptores celulares
- Ativação coordenada: Todos os microrganismos ativam genes específicos simultaneamente
Aplicações Práticas do Quorum Sensing
Coordenação da colonização radicular:
- Migração direcionada para zonas radiculares favoráveis
- Agregação populacional em nichos específicos da raiz
- Colonização sincronizada e eficiente
Regulação da produção de biofilmes:
- Densidade mínima de 10⁶-10⁷ células/cm² para iniciação
- Coordenação na produção de substâncias protetoras
- Formação de estruturas organizadas para fluxo de nutrientes
Modulação de atividades benéficas:
- Fixação de nitrogênio: Ativação coordenada quando há população suficiente
- Solubilização de fosfatos: Produção sincronizada de ácidos orgânicos
- Síntese de hormônios: Liberação controlada de auxinas e citocininas
3. As Principais Parcerias que Aumentam a Produtividade
3.1 Fixação Biológica de Nitrogênio: Economia Real em Fertilizantes
A parceria entre leguminosas e bactérias do gênero Rhizobium é um dos exemplos mais estudados de cooperação na agricultura. Este processo pode fornecer entre 100-300 kg de nitrogênio por hectare anualmente, equivalendo a uma economia de R$ 800-2.400 por hectare em fertilizantes nitrogenados.
Como funciona na prática:
- Reconhecimento mútuo: A planta libera compostos específicos que ativam genes nas bactérias
- Infecção controlada: As bactérias entram pelos pelos radiculares através de estruturas especiais
- Formação dos nódulos: As bactérias se instalam em “casas” construídas pela planta
- Fixação do nitrogênio: As bactérias convertem o nitrogênio do ar em formas assimiláveis
- Troca equilibrada: A planta fornece açúcares, as bactérias fornecem nitrogênio
3.2 Micorrizas: Expandindo o Sistema Radicular Naturalmente
As micorrizas arbusculares formam parcerias com mais de 80% das espécies vegetais, criando uma “internet biológica” que conecta plantas através de redes de fungos no solo. Esta parceria oferece benefícios mensuráveis:
Benefícios quantificados para a planta:
- Aumento de 200-300% na área de absorção de nutrientes
- Melhoria de 40-60% na absorção de fósforo
- Incremento de 25-35% na tolerância ao estresse hídrico
- Redução de 30-50% na incidência de doenças radiculares
Resultados práticos comprovados: Estudos em lavouras de milho no Centro-Oeste demonstraram que áreas manejadas para favorecer a micorrização natural apresentaram redução significativa no uso de fertilizantes fosfatados, mantendo os mesmos níveis de produtividade.
3.3 PGPR: Bactérias Promotoras do Crescimento Vegetal
As PGPR (Plant Growth Promoting Rhizobacteria) são bactérias que beneficiam as plantas através de múltiplos mecanismos:
Mecanismos diretos de promoção:
- Produção de fitohormônios: Auxinas, citocininas, giberelinas que estimulam crescimento
- Solubilização de nutrientes: Disponibilizam fósforo, enxofre e micronutrientes
- Fixação de nitrogênio: Processo independente de simbiose
- Síntese de vitaminas: Complexo B, biotina, ácido fólico
Mecanismos indiretos de proteção:
- Controle biológico: Competição com patógenos e produção de antibióticos naturais
- Indução de resistência: Ativam o sistema de defesa das plantas
- Produção de sideróforos: Capturam ferro, privando patógenos deste nutriente
- Bioremediação: Degradam compostos tóxicos no ambiente radicular
4. Biofilmes Microbianos: Cidades Organizadas no Solo
4.1 Estrutura e Função dos Biofilmes na Rizosfera
Os biofilmes microbianos são comunidades organizadas, envolvidas por uma matriz de polissacarídeos, proteínas e DNA. Na rizosfera, os biofilmes desempenham funções essenciais para a sobrevivência e eficiência microbiana.
Vantagens dos biofilmes:
- Proteção contra secas, mudanças de pH e temperatura
- Resistência a compostos antimicrobianos
- Facilitação da troca de genes entre diferentes espécies
- Criação de microambientes com condições específicas
Composição da matriz protetora:
- Polissacarídeos (50-60%): estrutura e retenção de água
- Proteínas (20-30%): adesão e estabilidade
- DNA extracelular (5-10%): troca genética e estrutura
- Lipídios (3-5%): impermeabilização
4.2 Cooperação Entre Espécies em Biofilmes
Na rizosfera, os biofilmes raramente são de uma única espécie. As comunidades mistas oferecem vantagens sinergísticas significativas:
Exemplo prático de cooperação: Azospirillum brasilense + Rhizobium + Pseudomonas fluorescens
- A. brasilense: produz hormônios vegetais e fixa nitrogênio
- Rhizobium: especialista em fixação simbiótica eficiente
- P. fluorescens: dissolve fosfatos e produz antibióticos
Estudos em cultivos de feijão no Sul do Brasil mostraram que a inoculação com consórcios microbianos resultou em aumentos de produtividade significativos comparado às inoculações individuais.
5. Estratégias Práticas para Otimizar a Rizosfera
5.1 Manejo do Solo para Favorecer a Microbiota
Práticas conservacionistas eficazes:
Sistema Plantio Direto (SPD):
- Mantém a estrutura do solo intacta
- Preserva as redes de fungos micorrízicos
- Reduz de 40-50% a perda de carbono orgânico
Rotação de culturas estratégica:
- Diversifica a microbiota da rizosfera
- Quebra ciclos de patógenos
- Melhora a estrutura física do solo
Plantas de cobertura:
- Aumenta de 35-45% a biomassa microbiana
- Libera exsudatos continuamente
- Protege contra erosão e compactação
5.2 Inoculação Microbiana: Aplicação Prática e Eficaz
A inoculação microbiana é uma das ferramentas mais acessíveis para otimizar as interações na rizosfera:
Critérios para escolha do inoculante ideal:
- Compatibilidade específica com sua cultura
- Adaptação às condições climáticas e de solo da região
- Capacidade de competir com microrganismos nativos
- Múltiplos benefícios (fixação + solubilização + proteção)
Formas de aplicação otimizadas:
- Tratamento de sementes: 10⁶-10⁷ células por semente
- Aplicação no sulco: 10⁸-10⁹ células por ml de solução
- Aplicação foliar: Para microrganismos endofíticos
- Mistura com fertilizantes: Liberação gradual durante a safra
5.3 Nutrição que Potencializa a Microbiota
A composição dos exsudatos radiculares pode ser influenciada através do manejo nutricional estratégico:
Estratégias nutricionais comprovadas:
Fertilização fosfatada equilibrada:
- Excesso inibe a formação de micorrizas
- Níveis ideais: 15-25 mg P/dm³ no solo
Suplementação com silício:
- Aumenta a liberação de compostos de defesa pelas raízes
- Melhora a resistência a estresses abióticos
Aplicação de aminoácidos:
- Estimula a atividade microbiana
- Aumenta a produção de hormônios pelos microrganismos
Experimentos em lavouras de soja no Centro-Oeste demonstraram que a aplicação foliar de aminoácidos específicosaumentou significativamente a colonização micorrízica e resultou em incrementos na produtividade.
6. Superando os Principais Desafios
6.1 Lidando com a Variabilidade Entre Propriedades
A rizosfera é um ambiente complexo que varia entre propriedades, talhões e até mesmo dentro do mesmo campo:
Principais fatores de variação:
- Diferenças genéticas entre variedades de plantas
- Heterogeneidade do solo (textura, pH, nutrientes)
- Variações climáticas (temperatura, chuva, umidade)
- Histórico de manejo de cada área
Estratégias para superar a variabilidade:
- Desenvolver protocolos específicos para cada situação
- Fazer testes em áreas pequenas antes de expandir
- Monitorar continuamente os resultados
- Ajustar as práticas baseado na resposta obtida
6.2 Integração com o Sistema de Produção Existente
As biotecnologias da rizosfera precisam se encaixar no seu sistema atual de produção:
Pontos críticos de atenção:
- Compatibilidade com defensivos usados na propriedade
- Integração com o cronograma de atividades
- Capacitação da equipe para novos procedimentos
- Adequação dos equipamentos disponíveis
Estratégias de implementação gradual:
- Começar com 10-20% da área como piloto
- Capacitar a equipe antes de iniciar
- Documentar todos os procedimentos e resultados
- Fazer ajustes baseados na experiência prática
7. O Futuro da Agricultura Baseada na Rizosfera
7.1 Agricultura de Precisão Microbiológica
O futuro caminha para a personalização microbiológica das práticas agrícolas:
Tendências em desenvolvimento:
- Mapeamento detalhado da microbiota de cada talhão
- Uso de algoritmos para prever quais microrganismos funcionarão melhor
- Aplicação localizada usando equipamentos de precisão
- Monitoramento em tempo real da atividade microbiana
Benefícios esperados:
- Redução significativa no desperdício de produtos
- Aumento na eficácia das biotecnologias
- Diminuição nos custos de produção
- Melhoria na sustentabilidade ambiental
7.2 Integração com Agricultura Regenerativa
A ciência da rizosfera é fundamental para sistemas agrícolas regenerativos:
Princípios integrados:
- Sequestro de carbono através dos microrganismos
- Restauração da biodiversidade do solo
- Redução da dependência de insumos externos
- Aumento da resistência a mudanças climáticas
Benefícios de longo prazo:
- Melhoria contínua da fertilidade do solo
- Maior estabilidade produtiva
- Redução de custos ano após ano
- Contribuição para sustentabilidade ambiental
8 Como Fazer o Diagnóstico da Sua Rizosfera
O diagnóstico correto é o primeiro passo para qualquer intervenção bem-sucedida:
Análises fundamentais:
- Análise química completa do solo (macro e micronutrientes)
- Avaliação da matéria orgânica e atividade biológica
- Contagem de grupos microbianos importantes
- Identificação de microrganismos benéficos já presentes
Interpretação estratégica dos resultados:
- Compare com padrões para sua região e cultura
- Identifique os pontos que precisam de melhoria
- Defina prioridades baseadas no potencial de retorno
- Estabeleça metas realistas para cada indicador
Conclusão: A Revolução Microscópica da Agricultura
A interação planta-microrganismo na rizosfera representa uma revolução prática na agricultura moderna. Esta ciência, que conecta a microbiologia do solo com a fisiologia vegetal, oferece ferramentas acessíveis para aumentar a produtividade, reduzir custos e promover a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.
Os resultados demonstrados mostram que é possível obter incrementos de produtividade de 15-35% e reduções de custos de 25-40% através da aplicação adequada dos conhecimentos sobre a rizosfera. Estes números não são apenas estatísticas – representam a diferença entre o sucesso e o fracasso de muitas propriedades rurais.
O futuro da agricultura sustentável passa necessariamente pela compreensão deste universo microscópico que sustenta a vida vegetal. À medida que caminhamos em direção a uma agricultura mais eficiente e resiliente, as interações na rizosfera se tornarão cada vez mais centrais para o sucesso produtivo.
A implementação dessas práticas requer uma abordagem sistemática, baseada em diagnóstico correto, planejamento cuidadoso e monitoramento contínuo. Contudo, os benefícios – tanto econômicos quanto ambientais – justificam plenamente o investimento em conhecimento e aplicação prática.
Para você, produtor ou técnico que busca inovação e sustentabilidade, a ciência da rizosfera oferece uma oportunidade concreta de estar na vanguarda da agricultura do futuro. O momento de começar é agora – cada dia que passa sem aproveitar essas interações representa uma oportunidade perdida de otimização produtiva e ambiental.
A rizosfera não é apenas o espaço ao redor das raízes – é o futuro da agricultura brasileira acontecendo bem debaixo dos nossos pés.
Referências Científicas
Badri, D. V., & Vivanco, J. M. (2009). Regulation and function of root exudates. Plant, Cell & Environment, 32(6), 666-681.
Bais, H. P., Weir, T. L., Perry, L. G., Gilroy, S., & Vivanco, J. M. (2006). The role of root exudates in rhizosphere interactions with plants and other organisms. Annual Review of Plant Biology, 57, 233-266.
Bashan, Y., Holguin, G., & de-Bashan, L. E. (2004). Azospirillum-plant relationships: physiological, molecular, agricultural, and environmental advances. Canadian Journal of Microbiology, 50(8), 521-577.
Berendsen, R. L., Pieterse, C. M., & Bakker, P. A. (2012). The rhizosphere microbiome and plant health. Trends in Plant Science, 17(8), 478-486.
Berg, G., Grube, M., Schloter, M., & Smalla, K. (2014). Unraveling the plant microbiome: looking back and future perspectives. Frontiers in Microbiology, 5, 148.
Bulgarelli, D., Schlaeppi, K., Spaepen, S., Ver Loren van Themaat, E., & Schulze-Lefert, P. (2013). Structure and functions of the bacterial microbiota of plants. Annual Review of Plant Biology, 64, 807-838.
Cardoso, E. J. B. N., Vasconcellos, R. L. F., Bini, D., Miyauchi, M. Y. H., Santos, C. A., Alves, P. R. L., … & Nogueira, M. A. (2013). Soil health: looking for suitable indicators. What should be considered to assess the effects of use and management on soil health? Scientia Agricola, 70(4), 274-289.
Cassán, F., Vanderleyden, J., & Spaepen, S. (2014). Physiological and agronomical aspects of phytohormone production by model plant-growth-promoting rhizobacteria (PGPR) belonging to the genus Azospirillum. Journal of Plant Growth Regulation, 33(2), 440-459.
Compant, S., Clément, C., & Sessitsch, A. (2010). Plant growth-promoting bacteria in the rhizo-and endosphere of plants: their role, colonization, mechanisms involved and prospects for utilization. Soil Biology and Biochemistry, 42(5), 669-678.
Costa, O. Y. A., Raaijmakers, J. M., & Kuramae, E. E. (2018). Microbial extracellular polymeric substances: ecological function and impact on soil aggregation. Frontiers in Microbiology, 9, 1636.
Dakora, F. D., & Phillips, D. A. (2002). Root exudates as mediators of mineral acquisition in low-nutrient environments. Plant and Soil, 245(1), 35-47.
de Bruijn, F. J. (Ed.). (2015). Biological nitrogen fixation. John Wiley & Sons.
Dennis, P. G., Miller, A. J., & Hirsch, P. R. (2010). Are root exudates more important than other sources of rhizodeposits in structuring rhizosphere bacterial communities? FEMS Microbiology Ecology, 72(3), 313-327.
Ferreira, M. J., Silva, H., & Cunha, R. (2020). Rhizosphere interactions: root exudates, microbes, and plant defense. Journal of Chemical Ecology, 46(1), 1-16.
Flemming, H. C., & Wingender, J. (2010). The biofilm matrix. Nature Reviews Microbiology, 8(9), 623-633.
Fukami, J., Cerezini, P., & Hungria, M. (2018). Azospirillum: benefits that go far beyond biological nitrogen fixation. AMB Express, 8(1), 73.
Garbeva, P., van Veen, J. A., & van Elsas, J. D. (2004). Microbial diversity in soil: selection of microbial populations by plant and soil type and implications for disease suppressiveness. Annual Review of Phytopathology, 42, 243-270.
Glick, B. R. (2012). Plant growth-promoting bacteria: mechanisms and applications. Scientifica, 2012, 963401.
Haichar, F. Z., Marol, C., Berge, O., Rangel-Castro, J. I., Prosser, J. I., Balesdent, J., … & Achouak, W. (2008). Plant host habitat and root exudates shape soil bacterial community structure. The ISME Journal, 2(12), 1221-1230.
Hall-Stoodley, L., Costerton, J. W., & Stoodley, P. (2004). Bacterial biofilms: from the natural environment to infectious diseases. Nature Reviews Microbiology, 2(2), 95-108.
Hartmann, A., Rothballer, M., & Schmid, M. (2008). Lorenz Hiltner, a pioneer in rhizosphere microbial ecology and soil bacteriology research. Plant and Soil, 312(1-2), 7-14.
Hiltner, L. (1904). Über neuere Erfahrungen und Probleme auf dem Gebiete der Bodenbakteriologie unter besonderer Berücksichtigung der Gründüngung und Brache. Arbeiten der Deutschen Landwirtschaftlichen Gesellschaft, 98, 59-78.
Hungria, M., Franchini, J. C., Campo, R. J., Crispino, C. C., Moraes, J. Z., Sibaldelli, R. N. R., … & Arihara, J. (2006). Nitrogen nutrition of soybean in Brazil: contributions of biological N₂ fixation and N fertilizer to grain yield. Canadian Journal of Plant Science, 86(4), 927-939.
Hungria, M., & Mendes, I. C. (2015). Nitrogen fixation with soybean: the perfect symbiosis? In F. D. Bruijn (Ed.), Biological Nitrogen Fixation (pp. 1009-1024). John Wiley & Sons.
Jones, D. L., Hodge, A., & Kuzyakov, Y. (2004). Plant and mycorrhizal regulation of rhizodeposition. New Phytologist, 163(3), 459-480.
Jones, D. L., Nguyen, C., & Finlay, R. D. (2009). Carbon flow in the rhizosphere: carbon trading at the soil-root interface. Plant and Soil, 321(1-2), 5-33.
Kloepper, J. W., Ryu, C. M., & Zhang, S. (2004). Induced systemic resistance and promotion of plant growth by Bacillus spp. Phytopathology, 94(11), 1259-1266.
Knief, C. (2014). Analysis of plant microbe interactions in the era of next generation sequencing technologies. Frontiers in Plant Science, 5, 216.
Kumar, A., Verma, J. P., & Singh, A. P. (2017). Effect of plant growth promoting rhizobacteria on plant growth, soil microbiology and biochemical parameters in wheat crop. Journal of Basic Microbiology, 57(2), 155-164.
Lugtenberg, B., & Kamilova, F. (2009). Plant-growth-promoting rhizobacteria. Annual Review of Microbiology, 63, 541-556.
Mendes, R., Garbeva, P., & Raaijmakers, J. M. (2013). The rhizosphere microbiome: significance of plant beneficial, plant pathogenic, and human pathogenic microorganisms. FEMS Microbiology Reviews, 37(5), 634-663.
Mendes, R., Kruijt, M., de Bruijn, I., Dekkers, E., van der Voort, M., Schneider, J. H., … & Raaijmakers, J. M. (2011). Deciphering the rhizosphere microbiome for disease-suppressive bacteria. Science, 332(6033), 1097-1100.
Moreira, F. M. S., & Siqueira, J. O. (2006). Microbiologia e bioquímica do solo. Editora UFLA.
Paterson, E., Gebbing, T., Abel, C., Sim, A., & Telfer, G. (2007). Rhizodeposition shapes rhizosphere microbial community structure in organic soil. New Phytologist, 173(3), 600-610.
Philippot, L., Raaijmakers, J. M., Lemanceau, P., & Van Der Putten, W. H. (2013). Going back to the roots: the microbial ecology of the rhizosphere. Nature Reviews Microbiology, 11(11), 789-799.
Pii, Y., Mimmo, T., Tomasi, N., Terzano, R., Cesco, S., & Crecchio, C. (2015). Microbial interactions in the rhizosphere: beneficial influences of plant growth-promoting rhizobacteria on nutrient acquisition process. A review. Biology and Fertility of Soils, 51(4), 403-415.
Prigent-Combaret, C., Blaha, D., Pothier, J. F., Vial, L., Poirier, M. A., Wisniewski-Dyé, F., & Moënne-Loccoz, Y. (2008). Physical organization and phylogenetic analysis of acdR as leucine-responsive regulator of the 1-aminocyclopropane-1-carboxylate deaminase gene acdS in phytobeneficial Azospirillum lipoferum 4B and other Proteobacteria. FEMS Microbiology Ecology, 65(2), 202-219.
Raaijmakers, J. M., Paulitz, T. C., Steinberg, C., Alabouvette, C., & Moënne-Loccoz, Y. (2009). The rhizosphere: a playground and battlefield for soilborne pathogens and beneficial microorganisms. Plant and Soil, 321(1-2), 341-361.
Richardson, A. E., Barea, J. M., McNeill, A. M., & Prigent-Combaret, C. (2009). Acquisition of phosphorus and nitrogen in the rhizosphere and plant growth promotion by microorganisms. Plant and Soil, 321(1-2), 305-339.
Rudrappa, T., Czymmek, K. J., Paré, P. W., & Bais, H. P. (2008). Root-secreted malic acid recruits beneficial soil bacteria. Plant Physiology, 148(3), 1547-1556.
Schreiner, R. P. (2007). Effects of native and non-native arbuscular mycorrhizal fungi on growth and nutrient uptake of ‘Pinot noir’ (Vitis vinifera L.) in two soils with contrasting levels of phosphorus. Applied Soil Ecology, 36(2-3), 205-215.
Smith, S. E., & Read, D. J. (2008). Mycorrhizal symbiosis. Academic Press.
Spaepen, S., Vanderleyden, J., & Remans, R. (2007). Indole-3-acetic acid in microbial and microorganism-plant signaling. FEMS Microbiology Reviews, 31(4), 425-448.
Steenhoudt, O., & Vanderleyden, J. (2000). Azospirillum, a free-living nitrogen-fixing bacterium closely associated with grasses: genetic, biochemical and ecological aspects. FEMS Microbiology Reviews, 24(4), 487-506.
Turner, T. R., James, E. K., & Poole, P. S. (2013). The plant microbiome. Genome Biology, 14(6), 209.
van der Heijden, M. G., Bardgett, R. D., & Van Straalen, N. M. (2008). The unseen majority: soil microbes as drivers of plant diversity and productivity in terrestrial ecosystems. Ecology Letters, 11(3), 296-310.
Venturi, V., & Keel, C. (2016). Signaling in the rhizosphere. Trends in Plant Science, 21(3), 187-198.
Vessey, J. K. (2003). Plant growth promoting rhizobacteria as biofertilizers. Plant and Soil, 255(2), 571-586.
Vílchez, J. I., García-Fontana, C., Román-Naranjo, D., González-López, J., & Manzanera, M. (2016). Plant drought tolerance enhancement by trehalose production of desiccation-tolerant microorganisms. Frontiers in Microbiology, 7, 1577.
Walker, T. S., Bais, H. P., Grotewold, E., & Vivanco, J. M. (2003). Root exudation and rhizosphere biology. Plant Physiology, 132(1), 44-51.
Weller, D. M., Raaijmakers, J. M., Gardener, B. B. M., & Thomashow, L. S. (2002). Microbial populations responsible for specific soil suppressiveness to plant pathogens. Annual Review of Phytopathology, 40(1), 309-348.
Xavier, J. B., & Foster, K. R. (2007). Cooperation and conflict in microbial biofilms. Proceedings of the National Academy of Sciences, 104(3), 876-881.
Yang, J., Kloepper, J. W., & Ryu, C. M. (2009). Rhizosphere bacteria help plants tolerate abiotic stress. Trends in Plant Science, 14(1), 1-4.
Zamioudis, C., & Pieterse, C. M. (2012). Modulation of host immunity by beneficial microbes. Molecular Plant-Microbe Interactions, 25(2), 139-150.
0 comentários