O Sistema de Resistência de Plantas

por | 14 jun, 2018 | Agrotécnico

Desde a década de 60 a indução de resistência é conhecida, através do trabalho do pesquisador Ross (1960), que demonstrava a ativação do mecanismo de resistência em seus estudos. Acontece que somente nos últimos anos que esse potencial de controle de doenças de plantas tem recebido a merecida atenção, ao passo que entendemos esses mecanismos.

As plantas apresentam a capacidade de reconhecer a invasão de agentes patogênicos, e isso é de conhecimento de todos , pode vir a desenvolver diversos mecanismos de defesa elaborados contra a ameaça de ataque. Entre estes, podemos observar sendo parte da sua constituição básica, ou Estrutura de defesa constitutiva , as barreiras físicas e químicas, enquanto outros parte do seu metabolismo são induzidos somente após o ataque do patógeno, desenvolvendo uma magnífica rede de transmissão de sinais a níveis hormonais com uma rápida ativação da formação das proteínas relacionadas à defesa de plantas.

A indução de resistência se refere ao aumento da capacidade de defesa da planta contra amplo espectro de organismos fitopatogênicos, entre eles os fungos, bactérias e vírus. A resistência é provocada por um agente indutor, biótico ou abiótico, que ativa mecanismos de defesa na planta, os quais se encontram na forma latente.

A ativação de resistência em plantas pode ser propositadamente ocasionada por tratamento com agentes bióticos, ou seja, formas avirulentas de patógenos, raças incompatíveis e, em determinadas circunstâncias, por formas virulentas de patógenos, extratos vegetais e extratos de fungos ou por ativadores químicos, como ácido aminobutírico, ASM (Acibenzolar-S-metil- Análogo ao Ácido Salicílico ), ácido 2,6-dicloroisonicotínico e acibenzolar-S-metil. Também pode ser provocada por extratos microbianos ou, ainda, pela colonização da rizosfera por bactérias promotoras do crescimento.Dessa forma, a resistênciainduzida em plantas pode ser de duas formas;

Resistência sistêmica induzida (RSI):

Na RSI, a molécula sinalizadora é mediada pelo ácido jasmônico (AJ) e o etileno, sem envolver a formaçao de PR proteínas.

Resistência sistêmica adquirida (SAR):

A SAR ocorre de forma localizada ou de forma sistêmica, em resposta ao ataque de patógenos que causam lesões necróticas ou em função de aplicação exógena de ácido salicílico ou compostos sintéticos, como o ester S-metil do ácido benzo [1,2,3] tiadiazol-7-carbotioico (ASM) e o ácido 2,6-dicloroisonicotínico (INA). A resistência sistêmica adquirida é efetiva contra amplo espectro de patógenos e está associada com a produção de PR proteínas.

As PR proteínas relacionadas à SAR , podemos destacar as quitinases ( hidrolisam a quitina, principal componente da parede celular de muitos fungos, enzimas que hidrolisam polímeros de β-1,3-glucana, compostos que, juntamente com a quitina, são os principais componentes que conferem resistência à parede celular dos fungos. Assim, na indução de resistência, quitinases e β-1,3-glucanases agem de forma conjunta. Os produtos gerados pela ação das peroxidases estão envolvidos na formação da parede celular vegetal, na suberização e na lignificação. A lignina, apresenta função primária e secundária, proporciona suporte mecânico e pode se depositar e bloquear o desenvolvimento de patógenos e representa uma resposta frequente à infecção ou à lesão.

Um dos indutores de resistência que vem sendo utilizados à alguns anos é o Fostito, que trataremos no próximo post.

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Fonte: UFLA

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