A importância dos nutrientes no cultivo de alto desempenho

Entender a importância dos nutrientes no cultivo de alto desempenho é fundamental para quem busca maximizar a produção agrícola. Esse processo envolve muito mais do que apenas aplicar fertilizantes ao solo. Na verdade, é uma ciência que requer conhecimento profundo dos nutrientes essenciais para as plantas, o equilíbrio nutricional adequado, a quantidade correta de adubação e as formas de garantir a absorção eficiente pelos vegetais. Um manejo nutricional preciso não só aumenta a produtividade das colheitas, mas também promove a resistência das plantas a doenças, contribui para a segurança alimentar global e oferece alternativas mais sustentáveis para o meio ambiente.

Navegando nessa ciência da nutrição de plantas, você encontrará um mar de nutrientes essenciais que desempenham funções vitais no desenvolvimento e crescimento das plantas. Esses nutrientes são classificados em duas categorias: macronutrientes e micronutrientes. Ambos são indispensáveis, mas enquanto os macronutrientes são necessários em grandes quantidades, os micronutrientes são exigidos em menores proporções, porém, igualmente essenciais. 

O cultivo de alto desempenho requer um equilíbrio nutricional adequado. É esta equação equilibrada que garante o crescimento saudável das plantas e ajuda a prevenir a ocorrência de doenças. Sem o balanço certo de nutrientes, as plantas podem apresentar sintomas de deficiência que afetam diretamente o rendimento da colheita. 

A importância dos nutrientes para a produção agrícola de alto desempenho

Primeiramente, é fundamental entender que a obtenção de uma produção agrícola de alto rendimento não depende apenas de recursos avançados ou técnicas de cultivo evoluídas. Na realidade, uma parte crucial desta equação ainda é a boa e velha nutrição das plantas. Nesse sentido, entender, analisar e otimizar a maneira como arealimentamos nossas culturas pode ser um fator decisivo para alcançar a produtividade agrícola desejada. 

O Manejo Nutricional bem realizado potencializa a produção agrícola em várias frentes. Ele não apenas garante que as plantas cresçam saudáveis e fortes, mas também ajuda a melhorar a qualidade dos produtos colhidos, aumentando o valor nutritivo e até mesmo o sabor. Sendo assim, podemos afirmar que a nutrição das plantas é uma peça-chave no ecossistema agrícola, contribuindo tanto para o desempenho da cultura quanto para o resultado final obtido pelo agricultor. 

Para ilustrar o ponto de maneira mais concreta, vejamos alguns números de uma recente pesquisa agrícola: 

NutrienteImpacto no rendimento da colheita (%)
Nitrogênio50
Fósforo20
Potássio10
Sódio5
Magnésio3
Outros (Micronutrientes)12

Como mostrado na tabela acima, mesmo os nutrientes menores podem ter um impacto significativo no rendimento total da colheita. Por exemplo, o Magnésio, apesar de requerido em quantidades bem menores, desempenha funções críticas, como ativar as enzimas necessárias para o crescimento das plantas. 

Portanto, é essencial entender como  cada nutriente afeta as culturas e como podemos otimizar nosso manejo nutricional para garantir que todas as necessidades nutricionais das plantas sejam atendidas. 

Nos próximos tópicos, vamos examinar mais de perto os nutrientes essenciais para o cultivo de alto rendimento e discutir como podemos garantir um equilíbrio nutricional adequado em nossas culturas. 

“Não é suficiente colocar as sementes na terra e esperar que elas cresçam. O rendimento máximo requer um esforço máximo no manejo da nutrição das plantas” – Anônimo

Nutrientes essenciais para o cultivo de alto rendimento

Para se obter um cultivo de alto rendimento, não apenas a quantidade de nutrientes é importante, mas também a qualidade e o equilíbrio entre eles. Além disso, você, produtor, deve estar ciente de que grandes quantidades de nutrientes podem não necessariamente levar a uma melhoria na produtividade. Há uma série de nutrientes que são essenciais para a saúde das plantas, incluindo nitrogênio, fósforo, potássio e outros micronutrientes como ferro, manganês, zinco e cobre. 

Permita-me esclarecer por que esses nutrientes são tão cruciais. 

  • Nitrogênio (N) – Este é um componente vital para as plantas, pois é um componente-chave na formação de proteínas. As plantas sem nitrogênio suficiente ficam amarelas e têm um crescimento retardado.
  • Fósforo (P) – Ele desempenha um papel crucial na fotossíntese, na respiração, na divisão celular e em outros processos fisiológicos. Uma deficiência de fósforo pode resultar em crescimento retardado.
  • Potássio (K) – O potássio é importante para a regulação do equilíbrio hídrico da planta. Além disso, também ajuda na formação de amidos e proteínas.
  • Micronutrientes (Fe, Mn, Zn, Cu) – Embora sejam necessários em quantidades menores, esses micronutrientes são tão essenciais quanto os macronutrientes para a saúde das plantas.

Então, como você pode garantir que suas plantas estão recebendo todos os nutrientes necessários? Uma solução é realizar testes regulares do solo para identificar quais nutrientes estão faltando. Dessa forma, você pode aplicar corretivo de solo ou fertilizantes adicionais para suprir as deficiências. Além disso, a adubação orgânica pode ser uma excelente maneira de fornecer a maioria desses nutrientes às suas plantas, ao mesmo tempo em que melhora a estrutura do solo

Cuidar da nutrição de suas plantas é uma tarefa contínua, mas é uma tarefa essencial para garantir uma produção agrícola de alto rendimento. Continue lendo para obter mais informações sobre o equilíbrio nutricional no cultivo.

A importância do equilíbrio nutricional no cultivo

A nutrição equilibrada é essencial para a saúde e o alto desempenho das culturas na agricultura. Este equilíbrio nutricional não é apenas sobre a quantidade de nutrientes fornecidos às plantas, mas também sobre a proporção correta destes nutrientes. 

Imagine, você tem uma dieta cheia de vitaminas e minerais, mas se estiverem em proporções desequilibradas, seu corpo não vai funcionar corretamente. O mesmo se aplica às plantas. Considerando seu crescimento, há uma relação precisa entre a quantidade de macronutrientes e micronutrientes que elas necessitam. E é aí que um bom manejo nutricional entra. 

Como fazer isso? 

Primeiro, é importante entender as necessidades específicas de nutrientes de cada tipo de planta. Por exemplo, meramente fornecer nitrogenio não será suficiente se a planta precisa de mais fósforo. 

Segundo, a análise do solo é um passo crítico. Ela permite que se identifique quais nutrientes estão disponíveis naturalmente e quais precisam ser adicionados através da fertilização. 

Terceiro, manter o solo saudável e rico em matéria orgânica também é essencial. O solo orgânico é repleto de bactérias e fungos que ajudam a decompor os nutrientes, tornando-os mais acessíveis para as plantas. 

É preciso pensar no manejo nutricional como uma estratégia completa e não apenas na aplicação de fertilizantes. O equilíbrio adequado resultará em plantas mais saudáveis e resilientes, que podem dar origem a uma colheita mais produtiva. 

Nutrientes macronutrientes: como eles afetam o desempenho das culturas

Ser bem-sucedido na produção agrícola de alto rendimento envolve o entendimento dos macronutrientes e sua importância para as plantas. Os macronutrientes – Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) – são elementos que as plantas necessitam em grandes quantidades e desempenham um papel crucial na produção agrícola. 

Nitrogênio (N) 

O Nitrogênio é um elemento vital para as plantas, pois é um ingrediente principal na formação das proteínas. Ele é necessário para o crescimento e desenvolvimento saudável da planta e também para a realização da fotossíntese de forma eficiente.

Fósforo (P) 

O Fósforo tem um papel importante para a formação de ATP, que é a principal forma de energia utilizada pelas plantas. Além disso, ele também é fundamental para a formação do DNA e RNA, e age no estímulo do crescimento das raízes e flores. 

Potássio (K) 

O Potássio atua na regulação da abertura e fechamento dos estômatos das plantas, auxiliando na regulação hídrica. Além disso, também é fundamental para a fotossíntese e a síntese de proteínas

Portanto, uma ingestão adequada desses macronutrientes contribui para o alcance de uma produção agrícola de alto rendimento. A falta ou o excesso desses macronutrientes podem causar um impacto negativo, levando a sintomas visíveis de deficiências nutricionais ou toxicidades que podem prejudicar o desenvolvimento saudável das plantas e diminuir a qualidade e a quantidade da produção. 

Uma nutrição equilibrada é a chave 

É realmente crucial entender que as plantas necessitam de uma nutrição equilibrada para funcionar de maneira eficaz. Isso inclui não apenas a quantidade adequada de macronutrientes, mas também um equilíbrio correto entre eles. Portanto, é essencial investir em um manejo nutricional eficaz que proporcione às culturas os nutrientes que necessitam nas quantidades e proporções adequadas. 

Um manejo nutricional adequado é a chave para uma produção agrícola de alto rendimento e de qualidade. Afinal, as plantas, assim como os humanos, precisam de uma dieta equilibrada para se desenvolverem de forma saudável.

Implementar práticas eficazes de nutrição de plantas e manejo de nutrientes pode ser um desafio notável, mas o retorno valerá a pena. Pois, assegurando a nutrição adequada e equilibrada, as chances de obter uma produção agrícola de alto rendimento e alta qualidade aumentam significativamente.

A contribuição dos micronutrientes para a produtividade das plantas

Calcular corretamente a quantidade de macronutrientes para a planta é essencial, mas não podemos ignorar os micronutrientes. Embora sejam necessários em quantidades menores, sua falta pode ser devastadora para a produção. Nesse sentido, compreender a contribuição dos micronutrientes para a produtividade das plantas é crucial para um manejo nutricional eficaz. 

Zinco, Boro, Manganês, Ferro, Cobre, Molibdênio e Cloro são alguns dos micronutrientes essenciais para as plantas. Cada um desses nutrientes possui funções específicas que desempenham um papel vital no desenvolvimento saudável da planta. 

  • Zinco: Fundamental para a síntese de proteínas e para o metabolismo energético, o Zinco ajuda na formação de clorofila e carboidratos.
  • Boro: O Boro está envolvido na formação e fortalecimento das paredes celulares, além da reprodução da planta.
  • Manganês: O Manganês é indispensável para a fotossíntese, ajudando a planta a usar a luz solar para produzir açúcares e amidos.

Não se deixe enganar pela pequena quantidade de micronutrientes que suas plantas necessitam. Uma deficiência de micronutrientes pode impedir suas plantas de atingir o potencial máximo de rendimento. 

Um manejo eficaz dos micronutrientes pode resultar em crescimento robusto, aumento da tolerância a doenças e um rendimento mais alto. Portanto, é de suma importância que qualquer estratégia agrícola leve em conta uma nutrição equilibrada, incluindo tanto os macro quanto os micronutrientes. 

Considerando que a pesquisa agrícola continua a agir como testemunha de inovações significativas, a individualização das necessidades dos micronutrientes das culturas tem se mostrado vital para manter a eficácia do manejo nutricional. 

Impacto dos micronutrientes na qualidade do produto 

Além do alto rendimento, um bom manejo dos micronutrientes também influencia a qualidade dos produtos agrícolas. Eles não só aumentam a quantidade de produtos, mas também melhoram a qualidade, agregando mais valor à sua colheita. 

Como garantir uma absorção eficiente de nutrientes pelas plantas

O manejo nutricional adequado é imprescindível para garantir uma absorção eficiente de nutrientes pelas plantas. No entanto, como podemos garantir que as plantas estão efetivamente absorvendo os nutrientes necessários para um crescimento saudável e produtivo? Existem algumas estratégias-chave que podem ser utilizadas para otimizar a assimilação de nutrientes, incluindo a seleção dos fertilizantes corretos, a aplicação de nutrientes no momento certo, e a utilização de técnicas de gestão de culturas que promovam a saúde do solo. 

Seleção dos Fertilizantes Corretos: 

A escolha dos fertilizantes corretos é fundamental para garantir a absorção eficiente de nutrientes. Diferentes tipos de plantas requerem diferentes proporções e tipos de nutrientes. Portanto, é necessário entender as necessidades específicas da planta que você está cultivando para poder fornecer os nutrientes corretos. 

Aplicação de Nutrientes no Momento Certo: 

O momento de aplicação dos nutrientes também é crucial. Alguns nutrientes são mais eficazmente absorvidos pelas plantas em certos estágios de seu crescimento. Portanto, fornecer os nutrientes necessários no momento certo pode aumentar a eficácia de sua absorção. 

Gestão Adequada do Solo: 

A qualidade do solo também tem um impacto significativo na capacidade de uma planta de absorver nutrientes. O manejo adequado do solo, incluindo a manutenção do nível correto de acidez (pH), a preservação de microrganismos benéficos e a prevenção de erosão, é fundamental para garantir que as plantas possam acessar e absorver eficientemente os nutrientes que necessitam. 

Além disso, é importante notar que uma nutrição vegetal bem gerida não é apenas benéfica para o rendimento das culturas, mas também pode ter um impacto positivo na resistência das plantas a pragas e doenças, assim como na qualidade do produto final. 

Dicas para garantir a absorção eficiente de nutrientes

 

Dicas para garantir a absorção eficiente de nutrientes

1. Escolha do solo adequadoSolos ricos em matéria orgânica são ideais para facilitar a absorção de nutrientes.
2. Rega regularA água é um veículo essencial para o transporte de nutrientes até as raízes das plantas.
3. Fertilizantes balanceadosO uso de fertilizantes com uma proporção adequada de macronutrientes e micronutrientes assegura que as plantas receberão os nutrientes essenciais ao seu crescimento.
4. Monitoramento de pHManter o pH do solo numa faixa ideal assegura a disponibilidade dos nutrientes para as plantas.
5. Rotação de culturasEsta prática ajuda a prevenir o esgotamento dos nutrientes do solo.

Nutrição vegetal: os desafios do cultivo de alto desempenho

Não se engane, conseguir uma produção agrícola de alto rendimento não é tarefa fácil. Essa meta envolve obstáculos notáveis, principalmente no que tange o manejo nutricional. Vamos abordar alguns desses desafios a seguir. 

O primeiro desafio é a disponibilidade de nutrientes no solo. Todos os nutrientes são essenciais, mas nem todos estão presentes em quantidade suficiente no solo. O papel dos fertilizantes é essencial para suprir essa carência. No entanto, uma aplicação inadequada pode afetar a absorção de outros nutrientes, comprometendo o equilíbrio nutricional. Daí a importância de estudos e análises constantes do solo. 

O manejo de nutrientes é uma ciência precisa que precisa considerar vários fatores, como tipo de cultura, condições climáticas e tipo de solo. Ter um plano de manejo nutricional inadequado pode prejudicar o rendimento da produção agrícola e consequentemente a qualidade da colheita. 

Outro fator crítico é a variabilidade do solo. Mesmo dentro de uma mesma parcela agrícola, a composição do solo e a disponibilidade de nutrientes podem variar significativamente. Isso faz com que diferentes áreas da mesma plantação precisem de tratamentos nutricionais diferentes. 

Finalmente, o tempo é sempre um desafio. A disponibilidade de nutrientes no solo é dinâmica e altera com o tempo. Monitorar essas alterações e ajustar o manejo nutricional conforme necessário requer tempo e recursos. 

Esses obstáculos reforçam o quão desafiador pode ser alcançar uma produção agrícola de alto rendimento. Mas não se desanime! Esses desafios podem ser superados e as próximas seções irão te orientar nesse caminho. 

A relação entre a nutrição das plantas e a resistência a doenças 

A relação entre a nutrição das plantas e sua resistência a doenças é um tópico muito importante no manejo agrícola. Uma nutrição equilibrada fortalece as plantas e as torna mais resistente a doenças, pragas e inclusive eventos climáticos extremos. 

Plantas bem nutridas com todos os micronutrientes e macronutrientes necessários têm um sistema imunológico mais robusto. Isso ocorre porque os nutrientes participam do metabolismo das plantas e auxiliam na formação de estruturas de defesa, como a lignina, que protege a planta contra patógenos. 

Contudo, é importante ressaltar que mesmo com uma nutrição ótima, nem todas as doenças e pragas serão totalmente evitadas. A nutrição é uma ferramenta poderosa na prevenção e no manejo de doenças, porém, apenas um componente num sistema de manejo integrado de pragas e doenças. 

A relação entre a nutrição das plantas e a resistência a doenças

A nutrição adequada das plantas é absolutamente crítica para proporcionar resistência às doenças. Mas você pode se perguntar, como exatamente a nutrição interfere na resistência das plantas?

Embora os nutrientes não sejam diretamente responsáveis por eliminar patógenos, eles fortalecem o sistema de defesa das plantas de várias maneiras. Em primeiro lugar, os nutrientes facilitam a produção de compostos de defesa. Os micronutrientes, por exemplo, atuam como cofatores para as enzimas envolvidas na produção desses compostos. Além disso, os nutrientes ajudam na formação de barreiras físicas, como paredes celulares espessas e suberina, um polímero lipídico impermeável que evita a entrada de patógenos. 

Muitos estudos também apontam que a nutrição adequada aumenta a resistência das plantas a doenças através de uma resposta mais rápida e vigorosa ao ataque de patógenos. Isso ocorre através de uma variedade de processos, incluindo a ativação de sinais de defesa, a produção de compostos antimicrobianos e a indução de morte celular em sítios de infecção. 

A nutrição adequada das plantas contribui para a resistência a pragas e doenças.. Vamos agora delinear as contribuições específicas de nutrientes chaves para a resistência de doenças em plantas

  1. Nitrogênio: O nitrogênio é vital para a síntese de proteínas e ácidos nucleicos, que por sua vez são necessários para o crescimento e divisão celular. Portanto, uma alimentação adequada em nitrogênio fortalece as plantas para resistir a patógenos ao promover o crescimento e a recuperação.
  2. Fósforo: É extremamente eficaz na promoção da maturação prematura, o que é benéfico para a resistência às doenças, pois as plantas maduras geralmente são mais resistentes a patógenos do que as jovens.
  3. Potássio: Desempenha um papel importante na regulação da abertura e fechamento dos estômatos (pequenos orifícios nas folhas das plantas), o que pode limitar a entrada de patógenos.

O impacto dos fertilizantes no meio ambiente e alternativas mais sustentáveis

Os fertilizantes podem ter um impacto significativo no meio ambiente. Embora sejam essenciais para o crescimento das plantas e a produção agrícola de alto rendimento, o uso excessivo ou inadequado de fertilizantes pode levar à contaminação do solo e da água, causando um equilíbrio ecológico prejudicado. 

Nas últimas décadas, a comunidade agrícola percebeu a necessidade de um manejo nutricional mais sustentável. Assim, a busca por alternativas mais ecológicas e maneiras mais inteligentes de usar fertilizantes tem se tornado uma prioridade.

Entre as alternativas mais populares, temos fertilizantes orgânicos e adubos. Fertilizantes orgânicos, como estrume e compostagem, oferecem uma variedade de nutrientes necessários para o crescimento das plantas e também melhoram a qualidade do solo, tornando-o mais fértil e saudável.

Diversas estratégias de manejo, como o uso racional de fertilizantes, rotação de culturas e plantio direto, também podem contribuir para uma agricultura mais sustentável. Vamos explorar algumas delas nas próximas seções.

Nota: Lembre-se, a sustentabilidade na agricultura não é apenas uma escolha ambiental, mas também uma maneira inteligente de proteger sua produção e renda a longo prazo. 

Uso racional de fertilizantes 

O uso racional de fertilizantes é uma prática de manejo nutricional que visa otimizar a eficiência dos fertilizantes, minimizando o impacto ambiental. Isso pode envolver o uso de tecnologias de precisão, como mapeamento do solo e controle de taxa variável, para aplicar a quantidade correta de fertilizantes no local certo e no momento certo.

Rotação de culturas 

A rotação de culturas é uma prática agrícola antiga com muitos benefícios ambientais e agronômicos. Ao alternar diferentes tipos de plantas em uma determinada área, pode-se melhorar a saúde do solo e reduzir a necessidade de insumos químicos. Além disso, a rotação de culturas pode ajudar a controlar pragas e doenças, melhorando a sustentabilidade e a produtividade do sistema agrícola.

Plantio Direto 

O plantio direto é uma técnica de manejo do solo que envolve a plantação de culturas diretamente em resíduos de plantações anteriores sem a perturbação do solo. Isso ajuda a melhorar a saúde do solo, a aumentar a capacidade de retenção de água e a reduzir a erosão. Além disso, o plantio direto pode diminuir a necessidade de fertilizantes químicos, pois os resíduos de colheitas anteriores fornecem nutrientes naturais para as plantas. 

Você vê, ao implementar práticas de manejo nutricional sustentáveis, tanto a produtividade quanto a sustentabilidade da sua fazenda podem ser melhoradas. No entanto, cada situação é única e o que funciona bem em uma fazenda pode não funcionar em outra. É por isso que o conhecimento técnico e a orientação de especialistas em nutrição vegetal podem ser inestimáveis.

Nutrição vegetal: a chave para a segurança alimentar global

Quando falamos em segurança alimentar global, a nutrição vegetal desempenha um papel crucial. Um bom manejo nutricional não apenas aumenta a produtividade das lavouras, mas também melhora a qualidade dos alimentos produzidos. Dessa forma, contribui diretamente para a capacidade da humanidade de se alimentar de forma saudável e adequada. 

Com um manejo nutricional eficiente, podemos melhorar a produtividade das culturas de maneira sustentável. Isso porque os nutrientes aplicados à terra retornam ao sistema alimentar quando consumimos os produtos agrícolas. Trocando em miúdos, uma alimentação vegetal bem nutrida significa alimentos mais nutritivos para nós. 

Adicionalmente, um manejo nutricional eficiente está relacionado diretamente com a resiliência das plantas. E aqui falamos tanto em resiliência a doenças, quanto a condições climáticas adversas. Isso implica que um bom manejo nutricional não apenas aumenta a produção, como também reduz as perdas. É uma situação em que todos ganham. 

Por fim, o bom manejo nutricional, quando aliado a práticas agrícolas sustentáveis como o plantio direto e a rotação de culturas, tem o potencial de minimizar os impactos ambientais da produção agrícola. Dessa forma, contribui para a sustentabilidade do nosso sistema alimentar e para a saúde do nosso planeta. 

Em suma 

Diante desses fatores, fica claro que um manejo nutricional adequado das lavouras é essencial para garantir a segurança alimentar global. Não apenas permite o aumento da produção de alimentos de maneira sustentável, como também melhora a qualidade desses alimentos e a resiliência das plantas. 

No entanto, para que o manejo nutricional possa desempenhar esse papel, é necessária uma contínua pesquisa e inovação. E é aqui que entram os profissionais da agronomia e de áreas relacionadas, com o desafio e a oportunidade de desenvolver novas técnicas e abordagens para o manejo nutricional das lavouras.

Tendências e inovações no manejo nutricional para o cultivo de alto rendimento

À medida que avançamos no século XXI, estamos testemunhando um aumento no uso de tecnologia e inovações no campo da agricultura. Estas inovações não são apenas limitadas à maquinaria e equipamentos, mas estão também fortemente presentes no manejo nutricional, o qual está se tornando cada vez mais sofisticado para atingir uma produção agrícola de alto rendimento. 

As principais inovações e tendências atuais incluem: 

  • Uso de precisão na aplicação de nutrientes: Esta tecnologia é utilizada para aplicar a quantidade exata de nutrientes em uma localização específica da terra, minimizando assim o desperdício e otimizando a eficiência dos nutrientes.
  • Sensores de nutrientes: Estes dispositivos medem a quantidade de nutrientes no solo e nas plantas, permitindo um manejo mais preciso e eficiente dos nutrientes.
  • Softwares de gerenciamento de nutrientes: Estes softwares auxiliam na monitorização e gestão da nutrição das plantas, ajudando os agricultores a tomar decisões em tempo real baseadas em informações precisas.

Essas inovações podem acarretar vários benefícios, como aumentar a eficiência e a produção, reduzir o uso de fertilizantes e minimizar a contaminação ambiental. No entanto, também trazem desafios, como a necessidade de conhecimento técnico e capacitação para utilização das ferramentas e a dependência de tecnologias acessíveis e confiáveis

Em conclusão, a gestão nutricional é um elemento vital para alcançar uma produção agrícola de alto rendimento. Com a utilização de inovações e práticas adequadas, é possível obter resultados significativos, garantir a sustentabilidade do sistema agrícola e contribuir para o atendimento das demandas alimentares globais. 

Livros sobre nutrientes para as plantas 

TítuloAutor(es)AnoEditora
Fisiologia vegetal: metabolismo e nutrição mineral   Evandro Binotto Fagan  (Autor), Elizabeth Orika Ono  (Autor), João Domingos Rodrigues  (Autor), Luís Henrique Soares (Autor), Durval Dourado Neto  (Autor), Edmondo Andrei 2016Andrei
Nutrição de plantasRenato de Mello Prado2021Oficina de Textos
Nutrição Mineral de Plantas  Manlio Silvestre Fernandes2018SBCS
Manual de Nutrição Mineral de Plantas  Eurípedes Malavolta2006Livroceres
Nutrição Mineral de Plantas  Paulo Cezar Rezende Fontes2012Editora UFV
Mineral Nutrition of tropical plants Renato Mello Prado2021Springer
Autores nacionais
TítuloAutor(es)AnoEditora
The Nature and Properties of SoilsNyle Brady & Ray Weil2016Pearson Education
Soil Fertility and FertilizersJohn Havlin & Samuel Tisdale2014Pearson Education
Plant Nutrition and Soil Fertility ManualJ. Benton Jones Jr.2012CRC Press
Marschner’s Mineral Nutrition of Higher PlantsPetra Marschner2012Academic Press
Handbook of Plant NutritionAllen V. Barker & David J. Pilbeam2015CRC Press
Plant Nutrition ManualJ. Benton Jones1998CRC Press
The Role of Plant Nutrition in Sustainable AgricultureB.H. Zhao & J. Withers2008Springer
autores internacionais

Referências: 

  1. FAO. (2018). O futuro da Agricultura: tendências e desafios. Disponível em: http://www.fao.org/3/a-i6583e.pdf
  2. Embrapa. (2019). Tecnologias para o manejo nutricional de cultivos. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1112382/tecnologias-para-o-manejo-nutricional-de-cultivos
  3. Havlin, J. L., Beaton, J. D., Tisdale, S. L., & Nelson, W. L. (2005). Soil fertility and fertilizers: An introduction to nutrient management (7th ed.). Pearson.
  4. Marschner, P. (2011). Marschner’s Mineral Nutrition of Higher Plants (Third Edition). Academic Press.
  5. FAO – Food and Agricultural Organization of the United Nations. (2017). Nutrição vegetal para segurança alimentar. Recuperado de http://www.fao.org/publications
  6. Plant and Soil Sciences eLibrary. (2020). Understanding Plant Nutrition. Recuperado de https://passel2.unl.edu/view.
  7. Barker, A. V., & Pilbeam, D. J. (2015). Handbook of Plant Nutrition. CRC Press.
  8. Marschner, P. (2011). Marschner’s Mineral Nutrition of Higher Plants. Academic Press.
  9. Robertson, G. P., & Vitousek, P. M. (2009). Nitrogen in agriculture: balancing the cost of an essential resource. Annual Review of Environment and Resources, 34.
  10. Bennett, E. M., Carpenter, S. R., & Caraco, N. F. (2001). Human impact on erodable phosphorus and eutrophication: a global perspective. Bioscience, 51(3), 227-234.
  11. Lambers, H., Chapin, F. S., & Pons, T. L. (2008). Plant physiological ecology. Springer Science & Business Media.
  12. Malavolta, E. (1980). Elementos de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Ceres.
  13. Mengel, K. & Kirkby, E.A. (1987). Principles of plant nutrition. International Potash Institute.
  14. Epstein, E., & Bloom, A. (2004). Nutrição Mineral de Plantas: princípios e perspectivas. Londrina: Editora Planta.
  15. Bowen, G.D. & Rovira, A.D. (1999). The rhizosphere and its management to improve plant growth. Advances in Agronomy, v.66, p.1-102.
  16. Rozane, D.E., et al. (2017). Nutrição de plantas: fundamentos e aplicações. Editora FUNEP.

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